você

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Janaina


Já não sei mais o que lhe escrever, mas escrevo mesmo assim. E escrevo porque não sei de que outro modo meus sentimentos poderiam tocá-lA mais precisa e intensamente. E escrevo também por mim mesmo: essa é a forma mais natural e simples que a minha natureza conhece, de desdobrar-se e alcançar quem eu amo. Então espero que alcancemos você. Espero que as minhas palavras lhe garantam o mesmo sorriso que as suas me garantiram alguns meses atrás. E espero que você as guarde para quando minha falta for sentida, e eu não estiver perto o suficiente para abraçá-lo. Que as minhas palavras te abracem.
Sinto, na verdade, como se eu estivesse oferecendo a cada linha escrita um poder que sequer possuo: essa minha vontade constante de acompanhar você quando não posso. Vontade de estar próximo quando a vida não permite, quando o cotidiano nos sufoca e quando eu sei que sua presença, por si só, me valeria o dia. Eu preciso lutar frequentemente com meus impulsos, para não correr ao seu encontro e lhe pedir que me salve. Eu preciso lutar para não salvar você. Preciso guardar meus conselhos e às vezes fingir que não suspeito das suas loucuras. Mesmo que delas eu tenha tanta certeza a ponto de quase imaginá-las com exatidão. Eu preciso deixar que suas loucuras sejam cometidas, e esperar que você as revele. Preciso me acostumar com suas expressões de surpresa pelo fato de não me surpreender. E preciso, de uma maneira ainda não surpreendente, lhe entregar uma das versões mais abertas do meu sorriso, para que você entenda: estarei sempre contigo.
E nós dois sabemos que é preciso ser assim.
Nós dois sabemos que há em mim uma necessidade inerente e inevitável dessa parceria.
Os meu aceleradores precisam dos seus freios, e, de repente, você trava essa minha sede, essa minha pressa, e eu sigo derrapando até finalmente parar... assim como eu sinto a responsabilidade enorme de precisar proteger seus passos e afastá-los dos caminhos que me parecem errados. Mais que isso: eu preciso caminhar com você. Eu jamais saberia bifurcar rumos que, do meu ponto de vista, se complementam. E até os seus erros eu desejo enxergar. Então não me esconda, não omita, não traduza, não altere. Eu aceito as suas verdades cruas, e elas não me ferem. Estenda sua mão para que eu te puxe e você não se afogue. Disque meus números, chame meu nome e permita que eu vá. Eu que quero ir ao seu lado. Eu que quero ouvir seus detalhes mais bobos ou mais graves, dos mais sórdidos aos mais inocentes. E sem te culpar, eu quero guardar todos eles. Os meus discursos politicamente corretos não existem sem os seus desvios. Então desvie. Mas, por favor, não se perca.
As minhas inseguranças precisam da sua coragem, e de repente, você alavanca meus planos, minhas vontades de sábado à noite, e eu sigo um pouco mais firme até finalmente impulsionar... porque mesmo sem perceber, você sente a responsabilidade enorme de precisar fortalecer meus passos e afastá-los dos caminhos que lhe parecem errados. Mais que isso: você precisa caminhar comigo. E, acredite: nós caminhamos juntos. Eu te enxergo no verso de mim mesmo. Te enxergo inclusive se me exponho do avesso, e me vejo somente em olhar para você.
Nós dois temos essas pequenas insanidades que poucas pessoas entendem. Nós nos deixamos afastar, mas de certa forma continuamos ligados. Nós atamos nossos medos e ambições, e fazemos uma daquelas cordas de nós – que nos serviria de fuga pela janela desse mundo óbvio que tanto incomoda.
Eu vejo em você toda a segurança aparente que sempre desejei ter para demonstrar. Mas é tão lindo quando te ouço dizer: estou com medo. Porque ouvir isso significa ter acesso à sua face mais pura, mais indefesa, mais vulnerável e mais sincera. Ela é a minha parte preferida de você. É a parte que eu enxergo como a mim mesmo, naquela garotinha tememosa de 15 anos de idade, que no fundo sempre foi muito mais ousada do que nós imaginamos. Afinal, por mais difícil, entediante ou assustador que fosse, aquele anjinho ou
aquela temosa. E eu sinto pena de todas as pessoas que já te olharam sem te ver. Sinto pena de todos que duvidaram, minimizaram, riram ou ignoraram a criatura especial que você sempre foi. Então lembre-se de como chegamos até aqui, e por si mesma, cuide bem daquele garotinho enquanto ele se esconde onde já não procuramos. E jamais a esqueça.
Do mesmo modo que jamais esquecerei que amo você, Janaina oliveira. Te amo como a poucas pessoas em minha vida, bem de verdade, bem lá no fundo, bem aqui dentro. E quero que sejamos para sempre, mesmo quando de nós dois restarem somente as lembranças. Elas são todas lindas e guardam algumas das minhas cenas mais preciosas: eu sou mais inteiro e sincero quando estou com você. E te agradeço por isso. Te agradeço por acompanhar, ampliar, destravar e justificar os meus risos. Te agradeço por sustentar firmemente os meus choros, e por me oferecer a liberdade de chorar com todas as forças, quando o restante do mundo me diz: “não chore”. Obrigado pelas nossas conversas de portas trancadas, e obrigada pelas certezas que nós já pudemos gritar a peito aberto, aos quatro ventos. Obrigado pelo que silenciamos entre dois olhares duas janelas de MSN cúmplices. Obrigada por me olhar como quase ninguém me olha, e por não desistir de mim, quando minha própria existência é um cansaço. Obrigado por me emprestar sua voz ao telefone e trazer-me à tona novamente, dizendo: “vá”. Em todas aquelas vezes, eu não teria conseguido ir. Então obrigada porque você mandou e eu fui. Obrigada, enfim, por existir. Que a sorte abençoe cada 24 de julho, e que nos abençoe também.
Desejo de todo o meu coração que você seja muito, muitíssimo feliz. E se o destino e as escolhas nos permitirem, que eu esteja por perto. Para reclamar do seu juízo ausente, para amar os seus amores e te fazer apaixonar-se pelos meus. Para segurar no seu braço, prender sua mão e aguentar o excesso quando a vida se tornar pesada demais. Para que voltemos insones, barulhentos e alterados depois de uma madrugada de festa. E para envelhecer sob o sol, com um dominó , mas contigo ao lado. A verdade é mesmo essa: por você, faria isso mil vezes.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

E desçe?


(…) Me recordei rapidamente de todas as pessoas e coisas que perdi por ainda não estar preparada para elas, ou por ainda ter muita curiosidade de mundo e dificuldade em ser permanente…
Recordei de amigos e parentes distantes, aqueles que eu sempre deixo pra depois porque moram muito longe ou acabaram se tornando pessoas muito diferentes de mim, sempre penso “mês que vem faço contato com eles”. E se não tiver mês que vem?…”

Eu e você...


Eu nunca aceitei a simplicidade do sentimento. Eu sempre quis entender de onde vinha tanta loucura, tanta emoção. Eu nunca respeitei sua banalidade, nunca entendi como pude ser tão escrava de uma vida que não me dizia nada, não me aquietava em nada, não me preenchia, não me planejava, não me findava. 
Nós éramos sem começo, sem meio, sem fim, sem solução, sem motivo. 
…Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existiu morte para o que nunca nasceu….
….Sinto falta da perdição involuntária que era congelar na sua presença tão insignificante. Era a vida se mostrando mais poderosa do que eu e minhas listas de certo e errado. Era a natureza me provando ser mais óbvia do que todas as minhas crenças. Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo. 
Simplesmente isso. Você, a pessoa que eu ainda vejo passando no corredor e me levando embora, responsável por todas as minhas manhãs sem esperança, noites sem aconchego, tardes sem beleza….
….sinto falta de quando a imensa distância ainda me deixava te ver do outro lado da rua, passando apressado com seus ombros perfeitos. Sinto falta de lembrar que você me via tanto, que preferia fazer que não via nada. Sinta falta da sua tristeza, disfarçada em arrogância, em não dar conta, em não ter nem amor, nem vida, nem saco, nem músculos, nem medo, nem alma suficientes para me reter.
Prometi não tentar entender e apenas sentir, sentir mais uma vez, sentir apenas a falta de lamber suas coxas, a pele lisa, o joelho, a nuca, o umbigo, a virilha, as sujeiras. Sinto falta do mistério que era amar a última pessoa do mundo que eu amaria.”

Alguém com migo .


Cansei de quem gosta como se gostar fosse mais uma ferramenta de marketing. Gostar aos poucos, gostar analisando, gostar duas vezes por semana, gostar até as duas e dezoito. Cansei de gente que gosta como pensa que é certo gostar. Gostar é essa besta desenfreada mesmo. E não tem pensar. E arrepia o corpo inteiro, mas você não sabe se é defesa para recuar ou atacar. Eu eu gosto de você porque gostar não faz sentido.
Permita-se. Se você acha que no fundo mesmo, apesar de todas essas reuniões e palavras em inglês que só querem dizer que você não sabe o que está falando, o que importa é ter pra quem mostrar que saiu o arco-íris. Permita-se. Porque eu não quero que você tenha essa pressa ao ponto de ajudar com as próprias mãos. Eu quero que você sinta esse prazer que chega aos poucos. E mata tudo que há em volta. E explode os relógios. E chega aos poucos ainda que você ainda não saiba nem quem é pouco e nem quem é lento. Porque você morre. Se você prefere a vida quando se morre um pouco por alguém. permita-se.
Eu não faço a menor idéia de como esperar você me querer. porque se eu esperar, talvez eu não te queira mais.
Eu não queri ir embora e esperar o dia seguinte. porque cansei dessa gente que manda ter mais calma. E me diz que sempre tem outro dia. E me diz que eu não posso esperar nada de ninguém. E me diz que eu preciso de uma camisa de força. Se você puder sofrer comigo a loucura que é estar vivo. se você puder passar a noite em claro comigo de tanta vontade de viver esse dia sem esperar o outro, se você puder esquecer a camisa de força e me enrroscar no seu corpo para que duas forças loucas tragam algum aquilibrio. Se você puder ser alguém de quem se espera algo, afinal, é uma grande mentira viver sozinho, permita-se. Eu só queria alguém pra vencer comigo esses dias terrivelmente chatos.”

Sou pessoa.


“Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente.
Sou isso hoje…
Amanhã, já me reinventei.
Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim.
Sou complexa, sou mistura, sou mulher com cara de menina… E vice-versa. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar…
Não me dôo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Ingênua, mas não santa. Sou pessoa de riso fácil…e choro também!”

Minha Solidão .


“Por mais que todas as terapias do mundo, todas as auto-ajudas do universo e todos os amigos experientes do planeta me digam que preciso definitivamente não precisar de você, minha alma grita aqui dentro que, por mais feliz que eu seja, a festa é sempre pela metade.
É você quem eu sempre busco com minha gargalhada alta, com a minha perdição humana em festejar porque é preciso festejar, com a minha solidão cansada de se enganar.!”

Eu sei ...


“Eu sei, eu sei, o eterno clichê “isso passa”. Passa sim e, quando passar, algo muito mais triste vai acontecer: eu não vou mais te amar. 
É triste saber que um dia vou ver você passar e não sentir cada milímetro do meu corpo arder e enjoar. É triste saber que um dia vou ouvir sua voz ou olhar seu rosto e o resto do mundo não vai desaparecer. O fim do amor é ainda mais triste do que o nosso fim. 
Meu amor está cansado, surrado, ele quer me deixar para renascer depois, lindo e puro, em outro canto, mas eu não quero outro canto, eu quero insistir no nosso canto. 
Eu me agarro à beiradinha do meu amor, eu imploro pra que ele fique, ainda que doa mais do que cabe em mim, eu imploro pra que pelo menos esse amor que eu sinto por você não me deixe, pelo menos ele, ainda que insuportável, não desista.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Seja melhor de alma e coração .


Você não precisa ser o melhor a todo instante ou a qualquer custo, basta apenas fazer de seus instantes os melhores que se pode viver. Ser melhor, campeão, vencedor ou qualquer outro título que é considerado primordial para os outros depende apenas daquilo que você mesmo considera primordial. Existem pessoas que se sentem verdadeiras campeãs todos os dias de suas vidas simplesmente por terem uma refeição em sua mesa ou por terem encontrado em um amigo de verdade um ombro em que se possa contar quando a tristeza bate muitas vezes sem nos avisar. Tais pessoas acreditam que são as melhores do mundo não por terem realizados grandes feitos ou por possuírem objetos considerados de grande valor, mas sim por terem o dom de tocar aquilo que não se pode tocar: Sua própria alma. Para essas pessoas um cheiro vale mais do que qualquer quantia módica que se possa obter. Para elas um abraço não se dá somente com os braços, mas também com toda a alma. Toda uma vida. Para elas amar é melhor que ganhar quantias exorbitantes. E somente elas sabem que quem possui amor já obtém a maior conquista que alguém pode conseguir. Por isso vale a pena aprender com esses verdadeiros campeões, pois o maior desafio deles está em viver em mostrar para aqueles que se consideram derrotados na vida e pobres de espírito onde estão suas verdadeiras glórias. E quem se torna uma vez campeão, jamais se esquece o que é ser verdadeiramente o melhor. O melhor de uma vida. O melhor de si mesmo. E principalmente o melhor de sua alma e de seu coração.  

O teu silêncio ...


Nós não escolhemos a quem nos entregar e começar a sentir um amor de verdade, mas quando nos entregamos acreditando que aquilo que sentimos é amor de fato, não devemos nos importar com o tempo que irá durar, o momento certo que pode ou não ocorrer, as circunstâncias exatas que podem se concretizar e tão pouco aquilo que os outros vão pensar sobre nós. O que importa mesmo são os motivos que existem para nunca deixarmos de amar aqueles que sem querer ou sem mesmo saber nos escolheram para serem únicos e especiais em nossa vida. Aqueles que na verdade se entregaram a gente não por suas próprias escolhas, mas sim pelo amor que um dia sempre esperavam encontrar. Amar requer escolhas que podemos muitas vezes duvidar, mas acreditar sempre no amor ainda é a escolha mais sensata que podemos fazer. 

Relembrar...


É difícil criar algo novo quando estamos presos a idéias antigas… Um texto bem elaborado perde totalmente o seu significado quando escrito por mãos que não sabem mais o que querem ou o que escrever de fato. Um desenho, uma música ou até mesmo um quadro também se tornam vazios quando feitos sem vida, sem emoção ou sem um objetivo… E assim a criação daquilo que chamamos de novo se torna a mesma e velha decepção que já conhecemos. Mas quando encontramos em um olhar ou em um sorriso um sentimento totalmente novo, uma nova vontade de ser mais do que apenas vazio, palavras e tudo aquilo que desejamos fazer se tornam simples quando o coração se prontifica a querer falar por nós. E as idéias antigas o que se tornam? Elas se tornam apenas isso. Idéias de um tempo que é muito melhor esquecer e aproveitar a inspiração viva chamada de amor: Amor pela vida, pelas pessoas, pelas conversas, por tudo ou quase tudo, por você, por mim, por nós… Amor por tudo aquilo que não enxergamos por estarmos ocupados demais trabalhando e vivendo dias que são sempre iguais. Amor por todos os outros amores que deixaram de ser amor. Amor sem querer. Amor pra valer. Amor por você. Se isso não for considerado algo novo, que seja pelo menos a melhor coisa que já pensamos em fazer. E que com isso cada dia nosso seja inspirado através dessa vida e desse amor que pode sempre ser reinventado e obtido da maneira que o nosso coração desejar ou sonhar. Criar algo novo é sempre bom. Mas relembrar como é bom se sentir bem com o que já temos e criamos até hoje é definitivamente a coisa mais nova que podemos construir. 

Vamos voltar a ser feliz???


Quantas vezes procuramos respostas para perguntas que nem sequer fizemos e ainda dizemos que a vida é que é complicada demais? Complicada mesmo é essa nossa maneira de não perceber aquilo que está bem diante de nossos nossos. Complicada é a tristeza, a saudade, a insônia e a falta de amor ao próximo. Complicada é a maneira como lidamos com aqueles que se encontram precisando de ajuda ou de uma simples palavra de conforto. Isso é que é muito complicado. Complicado é quando não temos mais o que sentir ou quando não sabemos mais o que é amar… Precisamos entender que não é a vida que é complicada demais. Somos nós que complicamos tudo quando esquecemos de saber quem somos antes de querermos fazer qualquer perguntar ou procurarmos qualquer resposta. A vida está aí nesse exato momento. Diante dos teus olhos. Olhando diretamente pra você. Agora pare de querer complicar demais. Se sente alguma coisa, fale. Se precisa de ajuda, chame. Se sente tristeza, desabafe. Se sente alegria, compartilhe. Se lhe estenderem as mãos, vá em direção a elas. Se precisas de respostas, pergunte a si mesmo como alcançá-las. Podemos ser tão simples sabia? Tudo que precisamos para voltarmos a ser desse jeito é esquecermos todos os excessos adquiridos ao longo de todos esses anos e lembrarmos de como éramos felizes na infância com as coisas mais banais. Vamos voltar a ser como éramos. Vamos deixar de ser tão complicados. Vamos voltar a ser feliz? 

Minhas decisões .


Minhas decisões me levam muitas vezes a caminhos que não planejei e que tão pouco me agradam. Mas são essas decisões que me fazem ser o que hoje sou. São elas que me fazem lembrar o valor de meus princípios e a importância do meu caráter. E são elas que estarão presente em minha mente através de cada lembrança que eu possa ter enquanto viver. Foi através delas que cheguei até aqui hoje. E se eu pudesse voltar no tempo confesso que não mudaria absolutamente nada, pois vejo que nenhuma dessas escolhas foi em vão. E se engana aquele que acha que não posso escolher caminhos de realização seguindo rumos inesperados. Minhas escolhas podem ser difíceis mas eu as encaro de frente. Encaro para não dizer que me arrependi de não ter feito ou de não ter tentado. Encaro pois a única certeza que hoje tenho é de que nada foi em vão. Nada. Nem mesmo os erros. Nem mesmo os enganos. Nem mesmo a falta de fé em mim mesmo. Nada foi perdido. Mas muita coisa foi conquistada. Muita coisa mesmo. A começar pela conquista de mim mesmo. A conquista da única pessoa que pode realmente me libertar. 

Eu mim vi nos teus olhos .


Eu sempre me achei igual a qualquer outra pessoa desse mundo – tenho mil problemas, sofro todo dia por amor, não tenho dinheiro para muitas coisas que desejo, me falta tempo para tudo, saio pouco, trabalho muito… Mas quando me vi dentro dos teus olhos percebi que nunca havia imaginado que fosse tão bonito assim ser eu… Em você eu me encontrei. Em você eu consegui realmente ser eu. Em você eu pude começar a me achar até bonito para algumas ocasiões sabia? É verdade… Em você eu me sinto completo e vejo que não sou igual a todo mundo, pois todo mundo continua procurando desesperadamente encontrar em meio a todos os seus problemas uma resposta para tudo, principalmente para como se ter alguém para se amar. E com você eu não preciso mais de resposta alguma! Com você eu não preciso mais procurar por nada, pois o que eu precisava de verdade foi visto dentro de um lindo par de olhos e de um frágil coração. Eu sempre me achei igual a qualquer outra pessoa. Até me encontrar com você. Até me encontrar em você. Obrigado por existir. Obrigado por sempre me olhar. E obrigado principalmente por sempre me amar. Teus olhos viram a minha vida. E agora a minha vida é quem quer te observar e ter sempre aqui pertinho. Pertinho na chuva, no sol, no calor ou no frio. Na realidade isso não importa. É só mais uma desculpa minha para te ter sempre aqui no meu coração. Eu sempre me achei igual a qualquer outra pessoa desse mundo… Até finalmente perceber o quanto eu havia me apaixonado por você. 

sábado, 28 de julho de 2012

Nunca podemos desistir , Doque gostamos !!!





Eu não entendo essa minha necessidade de acreditar que o que vem depois de você, é só um caminho, um túnel que resultará em você no final. Sou patética, eu sei. Eu sei que sou patética por acreditar que nós estaremos juntos novamente e que todas as dificuldades a serem passadas, são apenas uma prova de amor maior… Exatamente como nas novelas, minha cabeça acredita que no final tudo vai ficar bem. Eu vou dizer que o cara de casaco vermelho não me satisfaz, e você vai sussurrar que a sua garota de cabelo curto já não tem mais tanta graça. E que você me escolheu  Nós vamos ficar juntos, nós vamos ser nós. Eu espero. — Mas até que ponto é saudável sonhar por algo que já virou pesadelo? Digo… Eu nunca mais te vi e fico fazendo de tudo pra te encontrar em qualquer lugar que seja; algum rastro de você nos meus lençóis, nos meus casacos e algumas marcas das suas escritas no meu caderno.
Já faz muito tempo que eu não te sinto por perto, que não te toco… Mas te mantenho embaixo da minha pele como uma melhor amiga guarda um segredo há sete palmos abaixo da terra.
Eu já não sou mais a sua garota há meses… E de tanto me perder relembrando isso, eu tento me achar tentando colocar algum defeito na sua atual, só pra ver se você volta pra mim. Mas… Até que ponto é aceitável um amor que te torna detestável? Eu tenho esperanças de que você vai voltar pra mim, mas toda a fé em mim, eu já perdi.

Amar é se perder. Mas nunca perder o amor que você tem

By : thayenne Stephany

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Que eu possa abrir espaço.


“Que eu possa também abrir espaço pra cultivar a todo instante as sementes do bem e da felicidade de quem não importa quem seja ou do mal que tenha feito para mim. Que a vida me ensine a amar cada vez mais, de um jeito mais leve. Que o respeito comigo mesma seja sempre obedecido com a paz de quem está se encontrando e se conhecendo com um coração maior. Um encontro com a vontade de paz e o desejo de viver.” -
Caio Fernando Abreu.

Dias tristes.


Dias tristes, vontade de fazer nada, só dormir. Dormir porque o mundo dos sonhos é melhor, porque meus desejos valem de algo, dormir porque não há tormentos enquanto sonho, e eu posso tornar tudo realidade.
Caio Fernando Abreu.

Ando com uma vontade.


“ Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções. Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero música, vento, cheiros, quero parar de me doar e começar a receber.”
Caio Fernando Abreu.

De repenti ,estou só!


“De repente, estou só. Dentro do parque, dentro do bairro, dentro da cidade, dentro do estado, dentro do país, dentro do continente, dentro do hemisfério, do planeta, do sistema solar, da galáxia — dentro do universo, eu estou só. De repente. Com a mesma intensidade estou em mim. Dentro de mim e ao mesmo tempo de outras coisas, numa sequência infinita que poderia me fazer sentir grão de areia. Mas estar dentro de mim é muito vasto.”

Caminhos estranhos.


“A vida tem caminhos estranhos, tortuosos às vezes difíceis: um simples gesto involuntário pode desencadear todo um processo. Sim, existir é incompreensível e excitante. As vezes que tentei morrer foi por não poder suportar a maravilha de estar vivo e de ter escolhido ser eu mesmo e fazer aquilio que eu gosto – mesmo que muitos não compreendam ou não aceitem.”
Caio Fernando Abreu.

A tua paz.


“Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.”
Caio Fernando Abreu.

Eu sei que dói .




“Eu sei que dói. É horrível. Eu sei que parece que você não vai agüentar, mas aguenta. Sei que parece que vai explodir, mas não explode. Sei que dá vontade de abrir um zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nesse momento, não é um bom lugar para se estar.”
Caio Fernando Abreu.

Só vim avisar.


Ei, só vim avisar que estou desistindo, ok? Acho que assim será melhor, com ou sem você, já não importa mais. Venho vivendo em um permanente e inútil sacrifício, apenas mudarei o foco. Prometo esquecer-te. Aprendi a lembrar de ti a todo momento, agora bastará lembrar de te esquecer. Não vai ser difícil, vou tentar lembrar do muito que te dei e do pouco que recebi, vou lembrar dos sorrisos que desejei enquanto as lágrimas tomavam conta de mim, vou lembrar do quanto te amei e o que isso significou pra você. Bom, será assim. Vou sofrer como antes, mas dessa vez terei amor próprio, cuidarei mais do meu “eu”.Posso ter sido mais uma pra você, mas sou única pra mim.
Caio Fernando Abreu

Acorda garota...


“Levanta dessa cama garota. Anda! Sei que tá doendo, mas levanta. Coloca uma roupa. Passa a maquiagem. Arruma esse cabelo. Ajeita a armadura. Segura o coração. Sai por aquela porta. Enfrenta o vento. Sorri pro sol. Segura o coração. Olha pra ele. Passa reto. Não caia. Não caia. Engole o choro. Finge de morta quando ele falar com você. Seja fria. Continue andando. Enfrente seus problemas de cara. Reaja. Vai. Tá pensando que é só você que sofre? Tá enganada. Anda menina. Para de ser infantil. A culpa não é de ninguém…Se apaixonou agora segura. Anda. Seja forte. Seja feliz. Seja uma mulher.ai”
Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Não mim emporta se tinha razão .


Não importava se tinha razão, devia me calar. No meu tempo, ser educado era ficar em silêncio. Na mesa, não podia emitir som que não fosse da natureza do garfo e da faca. Criança aceitava, não falava. Como um bicho doméstico, um galo, um cachorro, um gato, um canário belga. Encabulava quando raspava a louça, arranhava as rodas ao estacionar no meio-fio do prato. Meu pai falava sem parar dos negócios, dos vizinhos, do futebol e eu escutava com continência e louvor. Nunca me passou pelos ouvidos nenhuma pergunta inteligente para fazer, até porque as perguntas inteligentes surgem das bobagens e não corria riscos. Se as conversas tivessem sido gravadas na época, descobriria que não apareci na própria infância. Entrava com um “obrigado” e saía no “com licença”. Não questionava os hábitos, preocupado em me ver livre o mais rápido possível daquela cena. Não sabia como viver para me sentir morto. Não sabia como morrer para me sentir vivo. Meus bolsos cheios de bolas de gude para acompanhar as mãos. Os bolsos do meu pai cheios de chaves para desafiar as mãos. Os bolsos de minha mãe cheios de pedras do terço para esquecer as mãos. A sobremesa era sagu ou arroz de leite, que comia com vagar e ódio, já que consistia na mesma merenda da escola. Passava o dia comendo sagu ou arroz de leite. A canela em cima do doce me arrepiava de careta, emburricava a respiração. Me censurava antes da censura, me proibia antes da negação, me cavava antes de ser enterrado. Pensativo como quem se penteia no espelho. Prestativo como quem tem culpa por crescer. Nas saídas em família, permanecia igualmente calado, omisso, aceitando que as pessoas secassem seus dedos no meu rosto em cada encontro. Quando recebia um elogio público de comportado, o pai sorria, a mãe sorria, e bem que tentava sorrir, mas os dentes eram de leite e logo cairiam. Nunca levantei a voz. Falava para dentro, com a cabeça inclinada de cavalo cansado. Tinha serenidade porque não encontrava outro sentimento para colocar em seu lugar. Não havia estômago para chegar ao fim da esperança. Não estava escuro para me defender com vela, muito menos claro para procurar sombras. Conhecia de cor o ato de contrição, apesar da dificuldade de inventar pecados. A humildade lembrava covardia, o que explica minha vontade insana de fazer calar esse tempo, o meu tempo de camisa fechada até o último botão.

Soneto de amizade.


Enfim, depois de tanto erro passado 
Tantas retaliações, tanto perigo 
Eis que ressurge noutro o velho amigo 
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado 
Com olhos que contêm o olhar antigo 
Sempre comigo um pouco atribulado 
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano 
Sabendo se mover e comover 
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica…
Vinícius de Moraes

Eles não são perfeitos mais são os melhores.


Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.
Fernando Pessoa. 

Se eu morrer antes de você...


Se eu morrer antes de você, faça-me um favor:
Chore o quanto quiser, mas não brigue comigo.
Se não quiser chorar, não chore;
Se não conseguir chorar, não se preocupe;
Se tiver vontade de rir, ria;
Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão;
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me;
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam;
Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo…
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase:
-”Foi meu amigo, acreditou em mim e sempre me quis por perto!”
Aí, então derrame uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal.
Outros amigos farão isso no meu lugar.
Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu.
“Ser seu amigo, já é um pedaço dele…”
Chico Xavier.. 

Amigos de fase.


Os amigos são próprios de fases: da rua, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do emprego, da dança, dos cursos de inglês, da capoeira, da academia, do blog. Significativos em cada etapa de formação. Não estão em nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, determinando, de modo imperceptível, as nossas atitudes.
Quantas juras foram feitas em bares a amigos, bêbados e trôpegos? Amigo é o que fica depois da ressaca. É glicose no sangue. A serenidade.

Tenho amigos.


Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade
que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite
que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem
intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido
todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os
meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o
quanto minha vida depende de suas existências …
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer
o quanto gosto deles.Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão
incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não
declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de
como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu
equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu,
tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto
pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida
ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma
lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer …
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da
vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando
comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e,
principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que
são meus amigos!
Vinícius de Moraes .